Avalo, uma start-up, pretende revolucionar a agricultura com inteligência artificial, mas sem modificação genética

A inteligência artificial agora faz parte de todos os setores, incluindo a agricultura. Avalo é uma start-up sediada na Carolina do Norte que a usa para acelerar a natureza criando novos tipos de plantas mais rapidamente.

Historicamente, para fazer uma planta resistente ao calor, você poderia usar uma planta resistente ao calor existente e polinizá-la, normalmente à mão. Esse processo já existe há muito tempo, mas não funciona o tempo todo. A técnica de Avala também é baseada nesse processo, mas com a adição de inteligência artificial, ela produz melhores resultados.

A inteligência artificial pode identificar características genéticas de resistência ao calor em diferentes tipos e, então, recomendar as plantas mais eficazes para o sucesso. A inteligência artificial permitiria que essa tecnologia previsse com precisão o rendimento de uma planta. Avalo disse à CNN que " No final, o que estamos fazendo é exatamente o que tem sido feito há milhares e milhares de anos.“. Eles fazem isso muito mais rápido do que a natureza. Isso acelera, mas não muda o processo. Nenhuma modificação genética é feita, tudo acontece na estufa.

Chega de desperdício!

Avalo foca no brócolis como um vegetal que é consumido apenas em 20%. Ela descobriu que um vegetal em particular, que é um cruzamento entre brócolis, couve e outros vegetais, pode ser consumido integralmente. Ela analisou as plantas para desenvolver um tipo totalmente novo de brócolis, onde até mesmo as folhas e o caule podem ser consumidos como salada. Avalo diz que é uma maneira de evitar desperdícios. Ela espera introduzir o produto no mercado até 2026 após três anos de pesquisa. Avalo levantou $6 milhões nos primeiros seis meses de 2024 para financiar sua pesquisa sobre tomates resistentes ao calor, algodão resistente à seca e borracha de dentes-de-leão.

É um avanço significativo. Essa tecnologia permitiria que as plantas crescessem mais rapidamente e fossem resistentes. Ela economiza não apenas tempo, mas também dinheiro, porque é mais barato produzi-las. Os agricultores estão constantemente se adaptando às mudanças climáticas e lidando com condições imprevisíveis e novas. Quando leva 10 anos para desenvolver uma variedade melhor que seja mais adequada à nova realidade, essas realidades já terão mudado até lá. Avalo explica que uma produção mais rápida significará menos exposição às mudanças. Um especialista em clima entrevistado pela CNN disse que essa foi uma ótima ideia. No entanto, isso levanta uma questão. A inteligência artificial não corre o risco de interpretar mal certas características genéticas nas quais suas recomendações serão baseadas?

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