Ficando mais forte. Pesquisadores testaram inteligência artificial contra onze dos especialistas mais respeitados do mundo. Eles também os expuseram a nove uísques escoceses e sete tipos de uísque americano.
Ficou claro que os algoritmos desenvolvidos pelo Fraunhofer Institute Dresden superaram os testadores humanos. A IA detectou uísques com precisão de 94%. A IA também identificou corretamente cinco notas dominantes em todas as amostras.
A inteligência artificial detectou que os uísques americanos têm notas caramelizadas, enquanto os uísques escoceses têm notas frutadas – como notas de maçã – e leves toques da molécula turfosa fenol.
Treinamento molecular
Os especialistas não são facilmente derrotados. O perfil aromático de um uísque (também conhecido como bouquet) pode ser determinado usando mais de quarenta compostos diferentes. Os autores do estudo “treinaram” algoritmos com amostras como Four Roses Jack Daniels Talisker Glenmorangie e até mesmo Johnnie Walker. Eles ensinaram a IA a identificar 390 moléculas, que são mais comuns em uísques e scotches.
A IA também recebeu uma grade de leitura para auxiliar na descrição dos cheiros. Palavras como “floral”, “amadeirado”, “frutado” e “fragrante”… foram usadas.
Um “plus” em termos de controle de qualidade e pesquisa
Os autores do estudo afirmam que a IA pode ser usada para controle de qualidade e para detectar uísques falsos. Ao desenvolver novos uísques para determinar se o produto é uma boa combinação para o aroma desejado, algoritmos podem ser aplicados. A IA pode economizar dinheiro e tempo reduzindo a quantidade de especialistas necessários para misturar uísque.
Foi possível identificar as origens de 80 Bordeaux grand crus sem erros no ano passado. Em um teste de identificação de 250 cervejas belgas, os algoritmos superaram os especialistas.